Danças tradicionalistas

Anú

Dança típica do fandango gaúcho. Divide-se em duas partes distintas: uma para ser cantada e outra para ser sapateada. É dança de pares soltos mas não independentes. É grave e viva ao mesmo tempo, na parte cantada é cerimoniosa e na sapateada realiza evoluções bastante marcantes.

Balaio

Dança folclórica brasileira, originária do Nordeste. Trata-se de dança sapateada e, ao mesmo tempo, de conjunto. Além do sapateio destaca-se a formação de rodas que giram.

Cana verde

Originária de Portugal, se tornou popular em vários estados brasileiros e adquiriu formas locais em cada região, produzindo variantes da dança origem. Os pares postam-se frente a frente, executam uma marcação de passos para os lados e após, tomados pelo braço, giram em torno de si mesmos. Num segundo momento fazem o mesmo com os demais dançarinos trocando de pares em evoluções através do círculo formado pelos pares.

Caranguejo

Há referências sobre esta dança em todo o Brasil desde o século XIX. É uma dança grave, de pares dependentes, lembrando bastante o minueto.

Chimarrita

Dança folclórica gaúcha trazida para o Sul do Brasil pelos colonos portugueses das Ilhas dos Açores, no século XVIII. Dança de pares em fileiras opostas.

Chimarrita balão

Pode ser uma variação do "balão" dançado em Portugal ou do "balão faceiro", dançado no Brasil, porém muito diferente da Chimarrita. É conhecida apenas no Litoral e no Planalto Norte do Rio Grande do Sul.

Maçanico

Dança catarinense, das lagoas do Imaruí, nasceu para homenagear a batuíra, pesca-em-pé, ou maçarico, pássaro migratório que passa os verões no Sul do Brasil. Sua corridinha para lá e para cá, à beira da lagoa, tentando pescar, inspirou alguns passos da dança.

Pau-de-fitas

É tida como dança universal, pois não se consegue encontrar o ponto geográfico de origem. Ela surge de todos os lados e em todos os povos. Provavelmente venha da dança das fitas evidenciando as solenidades de culto às árvores entre os povos primitivos. No Rio Grande do Sul é dançada, embora com raridade, como parte integrante das festas de reis, em 6 de janeiro. Hoje dança-se em torno de um mastro formando figuras com as fitas de acordo com as evoluções dos dançarinos que levam as fitas, em duas cores, uma para os homens e outra para as mulheres, nas mãos fazendo os entrelaçamentos.

Pezinho

Originária de Portugal e Açores é vivaz e alegre, com características de sã ingenuidade. É a mais conhecida dança do folclore gaúcho, onde os dançarinos apresentam duas partes: na primeira há uma marcação dos pés e na segunda os pares giram em torno de si próprios, tomados pelo braço.


Rancheira de carreirinha

É uma variante de rancheira, dançada grupalmente.

Ratoeira

Dança de roda, aparentando uma ciranda, própria dos açorianos catarinenses.

Roseira

Uma das danças regionais sul-riograndenses onde se percebe maior parentesco com danças regionais de Portugal. Coreografia muito rica onde os pares dançam soltos, outras de mãos dadas em ritmo rápido, outras há a execução de um namoro com gestos lentos e delicados e uma última onde, através de evoluções os homens e mulheres trocam com todos os outros pares da roda até reencontrar seu par original.

Sarrabalho

Tem origem na Ibéria. Trata-se de um sapateado, em que os dançarinos vão castanholando com os dedos, em pares soltos, com o homem parecendo perseguir a mulher.

Tatú de castanholas

Música folclórica gaúcha, cuja coreografia foi criada posteriormente utilizando-se de sapateios já existentes em outras danças, mas que adquiriram uma forma especial quando os pares soltos alternam sapateios e evoluções chamadas passeios.

Tatú novo

É uma dança riograndense, criada em 1954, para homenagear a Sociedad la Criolla, que visitava Porto Alegre. É um sapateado com a formação de círculos.

Tatú-com-volta-no-meio

Originalmente, o Tatu não tinha a "volta no meio". Consistia num sapateado de pares soltos sem maiores características. A volta no meio foi introduzida na metade do século XIX.

Tirana do lenço

Dança espanhola muito difundida na América Latina, na qual os dançarinos são pares soltos que entre passeios e sapateios dos homens e sarandeios das mulheres, agitam pequenos lenços na indicação de uma conquista entre o homem e a mulher.

Xote de carreirinha

Dança folclórica gaúcha, originária do schottinh trazido pelos imigrantes alemães. Na primeira parte da dança, os pares desenvolvem uma pequena corrida compassada, o que deu razão ao nome da dança: carreirinha.


Xote inglês

Dança de salão difundida nas cidades brasileiras no final do século XIX, por influência da cultura inglesa. Começou pelos centros urbanos, executado ao piano e ganhou o interior já executado na gaita.

Xote-de-duas-damas

É uma bonita variante do xote, em que um peão dança com duas prendas, possivelmente reproduzindo o que acontecia na Alemanha. Na Argentina se dança o palito do mesmo modo. Em São Paulo, na década de 1920, dançou-se um xote militar com duas damas. Diz-se que teve origem num momento em que por causa das guerras haviam poucos rapazes nos bailes.